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Projeto Senador Pasquim

Etmologia

A história etimológica do termo pasquim é curiosa. O conceito deriva de Pasquino, que é a denominação de uma escultura romana na qual se deixavam textos de carácter satírico. Por extensão, dá-se o nome de pasquim às mensagens afixadas num espaço público que não levam assinatura e que incluem algum tipo de sátira ou de crítica para com as autoridades, alguma personalidade ou uma organização.
Actualmente, a utilização mais frequente da noção refere-se à publicação com conteúdos sensacionalistas e agravantes, distantes da ética jornalística. Trata-se de um termo depreciativo, que fala sobre a qualidade do meio em questão.

Exemplos: “O presidente não pode sair a responder tudo o que publicam num pasquim”, “Quando dei os meus primeiros passos no jornalismo, tive de trabalhar num pasquim que inventava notícias sobre os famosos da época”, “Desde que o director se demitiu, este diário tornou-se num pasquim sem credibilidade”.
É simples entender a noção de pasquim ao pensar nos parâmetros que costumam seguir os jornais considerados sérios ou respeitáveis. Enquanto um diário de qualidade só publicará notícias contrastadas e confirmadas com diversas fontes, o pasquim apresentará rumores como se fossem feitos comprováveis.

Por outro lado, um diário responsável evitará aquilo que se conhece como sensacionalismo, deixando de lado as fotos truculentas e os comentários caluniosos. Um pasquim, porém, não hesitará em publicar imagens morosas na respectiva capa ou em fomentar a polêmica através de agressões e insultos.

Por fim, O Pasquim era um semanário brasileiro.

O Pasquim

O Pasquim foi um semanário alternativo brasileiro, de característica paradoxal, editado entre 26 de junho de 1969 e 11 de novembro de 1991, reconhecido pelo diálogo entre o cenário da contracultura da década de 1960 e por seu papel de oposição ao regime militar.

De uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, que a princípio parecia exagerada, o semanário (que sempre se definia como um hebdomadário) atingiu a marca de mais de 200 mil em seu auge, em meados dos anos 1970, se tornando um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro. 

A princípio uma publicação comportamental (falava sobre sexo, drogas, feminismo e divórcio, entre outros) O Pasquim foi se tornando mais politizado à medida que aumentava a repressão da ditadura, principalmente após a promulgação do repressivo ato AI-5. O Pasquim passou então a ser porta-voz da indignação social brasileira.

O projeto nasceu no fim de 1968, após uma reunião entre o cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral; o trio buscava uma opção para substituir o tabloide humorístico A carapuça, editado pelo recém-falecido escritor Sérgio Porto. O nome, que significa "jornal difamador, folheto injurioso", foi sugestão de Jaguar. "Terão de inventar outros nomes para nos xingar", disse ele, já prevendo as críticas de que seriam alvo.

Com o tempo figuras de destaque na imprensa brasileira, como Ziraldo, Millôr, Manoel "Ciribelli" Braga, Miguel Paiva, Prósperi, Claudius e Fortuna, se juntaram ao time. A primeira edição finalmente saiu em 22 de junho de 1969, com uma tiragem de 28 mil exemplares, em seis meses chegou a 250 mil.

Além de um grupo fixo de jornalistas, que incluía Luiz Carlos Maciel, a publicação contava com a colaboração de nomes como Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Carlos Leonam e Sérgio Augusto, e dos colaboradores eventuais Ruy Castro e Fausto Wolff. Como símbolo do jornal foi criado o ratinho Sig (de Sigmund Freud), desenhado por Jaguar, baseado na anedota da época que dizia que "se Deus havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem".

Em 1969, em função de uma entrevista polêmica feita pelo cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral com a já notoriamente controversa atriz Leila Diniz, foi instaurada a censura prévia aos meios de comunicação no país, a Lei de Imprensa, que ficou popularmente conhecida pelo nome da atriz. Em novembro de 1970, a maior parte da redação de O Pasquim foi presa depois que o jornal publicou uma sátira do célebre quadro de Dom Pedro às margens do Ipiranga, (de autoria de Pedro Américo). Os militares esperavam que o semanário saísse de circulação e seus leitores perdessem o interesse, mas durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada — até fevereiro de 1971 — O Pasquim foi mantido sob a editoria de Millôr Fernandes (que escapara à prisão), com colaborações de Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara, Gláuber Rocha e diversos intelectuais cariocas. Vendia cerca de 100 mil exemplares por semana, quase todos em bancas, mais do que as revistas Veja e Manchete somadas.

As prisões continuariam nos anos seguintes, foi também alvo de dois atentados a bomba, uma em março de 1970, a outra em maio. Na década de 1980 bancas que vendiam jornais alternativos como O Pasquim passaram a ser alvo de atentados a bomba. Aproximadamente metade dos pontos de venda decidiu não mais repassar a publicação, temendo ameaças. Era o início do fim para o Pasquim.

O jornal ainda sobreviveria à abertura política de 1985, mesmo com o surgimento de inúmeros jornais de oposição e de novos conceitos de humor (Hubert, Reinaldo e Cláudio Paiva, egressos de O Pasquim, fundaram O Planeta Diário). Graças aos esforços de Jaguar, o único da equipe original a permanecer em O Pasquim, o semanário continuaria ativo até a década de 1990. No carnaval carioca de 1990 toda a equipe de O Pasquim foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz com o enredo "Os Heróis da Resistência".

A última edição, de número 1 072, foi publicada em 11 de novembro de 1991. 

O Senador Pasquim

Criado a partir da disciplina Eletiva de programação e webdesign, componente curricular diversificado do PEI (Programa de Ensino Integral) da Escola Estadual Senador Luiz Nogueira Martins, o "Senador Pasquim" nada herdou da etimologia ou das características encontradas no semanário alternativo brasileiro. 
Apesar de carregar o termo "pasquim" em sua denominação, o objetivo principal deste canal é a informação e a comunicação dentro e fora do ambiente escolar, de maneira informal e porque não, bem humorada. Inicialmente pensado como resultado de um projeto de programação e webdesign, foi ganhando propostas e ambições maiores, se tornando um projeto além das expectativas, passando a desejar acima de tudo, promover o conhecimento, a verdade e o compromisso entre leitores, editores, alunos, professores, gestores e virtualmente, ultrapassar os muros da escola, chegando a todos que desejam conhecer, se informar e participar da nossa escola.
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